Reabsorção Dentária Interna

Dor, escurecimento, trauma, inflamação, infecção, perda dentária e danos aos dentes.

Por Dr Fabiano Bonatto / CRO: 14418 – Responsável pelo caso

Com os avanços da Odontologia, a identificação de problemas endodônticos vem se tornando cada vez mais assertiva. Nesse sentido, torna-se possível potencializar as opções de tratamento, contribuindo para o bem-estar dos pacientes e para a resolução de problemas funcionais nos dentes. No artigo de hoje, vamos conhecer as principais características da Reabsorção Dentária Interna e quais as melhores opções para o seu tratamento. Confira!

O que é Reabsorção Dentária Interna?

A Reabsorção Dentária Interna (RDI) ocorre pela presença de um processo inflamatório crônico, inicialmente podendo ser assintomático, e em muitos casos provocado por cáries extensas, restaurações profundas, clareamento dental, pulpites (processo inflamatório da polpa) ou pela forma mais comum encontrada: traumas dentários. E por não apresentar sintomas imediatos, esse problema necessita de um diagnóstico precoce para interromper o processo antes que ele comprometa ainda mais as estruturas mineralizadas do dente, que podem levar à alteração de cor, processo inflamatório podendo chegar a infecção, e em casos mais severos, perda dentária.

Como identificar a RDI?

A Reabsorção Dentária nem sempre apresenta um conjunto visível de sintomas. Por isso, em muitos casos, o paciente pode demorar anos para perceber que possui o problema. Entretanto, à medida em que a reabsorção se agrava, a tendência é que seus sintomas passem a se desenvolver de maneira gradativa, auxiliando o paciente no processo de identificação. São eles:

• Dor;
• Alteração da coloração do dente;
• Inchaço e vermelhidão das gengivas;
• Fragilização da estrutura afetada;
• Fratura dentária.

Qual a diferença entre reabsorção interna e reabsorção externa?

A reabsorção pode ser classificada como interna ou externa, dependendo de onde é iniciada: no exterior do dente ou a partir da cavidade pulpar dentro dele. Confira abaixo as principais características de cada tipo e compreenda suas diferenças:

Reabsorção Dentária Externa:

Ocorre em qualquer parte externa da raiz, podendo ser causada por um traumatismo dentário mais severos, como luxação intrusiva (dente “entra na gengiva”), luxação extrusiva (dente “sai da gengiva”) e avulsão dentária (dente é projetado para fora do alvéolo) além de  movimentos ortodônticos muito acelerados.

Reabsorção Dentária Interna:

Afeta a parte interna da raiz, sendo mais comum em pacientes com histórico de traumas dentários mais leves em comparação com a reabsorção dentária externa (batidas fortes com a escova na escovação, traumas esportivos, batida com copos (no momento de beber líquidos), cáries extensas. No diagnóstico radiográfico diferencial entre a reabsorção interna e externa, consiste em acompanhar a linha correspondente à parede interna da dentina e o contorno do canal radicular, porém, a melhor maneira de se diferenciar ambas reabsorções é através de um exame muito utilizado chamado tomografia computadorizada odontológica.

Como tratar a RDI?

Em geral, o tratamento para a RDI tem como objetivo principal preservar as partes que ainda restam do dente que começou a sofrer perdas. Esses casos geralmente envolvem a remoção das partes danificadas dos dentes, neutralizando estas áreas com pastas a base de hidróxido de cálcio a fim de proteger as partes sadias e evitar novas reabsorções. Em resumo o tratamento de canal é a conduta adequada para a interrupção das RDI.

Em todo caso, a realização de revisões constantes e radiografias periódicas são os métodos mais eficientes para detectar este tipo de problema.

Cimento biocerâmico para obturação e tratamento da reabsorção dentária

Ao realizar um tratamento endodôntico, é importante que o profissional utilize os melhores recursos afim de se obter uma previsibilidade maior de sucesso, entre eles podemos citar o uso de microscópio operatório, tomografia computadorizada, sistemas para instrumentação rotatórios, reciprocantes e oscilatórios, sistema de captura radiográfica digital, sistema de ultrassom, além do melhores  cimentos obturadores com alta capacidade de vedação para impedir futuras infiltrações de microrganismos na cavidade do dente. No caso clínico apresentado nas imagens acima, realizado pelo Dr. Fabiano Bonatto, foram utilizados todos os recursos citados acima.

O cimento biocerâmico possui capacidade de estimular a regeneração tecidual da região afetada, além de proporcionar uma excelente vedação hermética e a formação de ligação química com a dentina. Além disso, quando comparado aos cimentos tradicionais, o biocerâmico se destaca por suas propriedades antibacterianas através do elevado ph, que são fundamentais para o êxito do tratamento endodôntico.

Lembrando que, a após a finalização da endodontia, é de extrema importância a realização do procedimento reabilitador do dente o mais breve possível.

Qual o valor do tratamento?

Assim como todos os procedimentos odontológicos, o tratamento da RDI varia de acordo com o quadro apresentado pelo paciente, dente afetado e extensão do dano. Por isso, é importante sempre buscar por profissionais experientes que atendam em ambientes seguros e certificados para garantir o máximo de proteção à sua saúde, além de um resultado satisfatório. A Ruzzarin Odontologia, com sede em Caxias do Sul, dispõe dos mais variados serviços na área, sempre prezando pela qualidade e pelo bem-estar de seus pacientes. Entre em contato para mais informações.