Enxerto ósseo

O procedimento de enxerto ósseo consiste na retirada de um fragmento do osso de um local adequado e indicado pelo dentista, que, normalmente é a na região da mandíbula, e implantá-lo no local onde se faz necessário realizar o reparo. Essa técnica é utilizada para reconstruir a área dentária que perdeu altura ou espessura. Na maioria das perdas dentárias pode ocorrer algum tipo de perda óssea, portanto, para repor essa perda existem cirurgias de reposição óssea ou cirurgia de enxerto ósseo. Este procedimento visa acrescentar altura ou largura ao osso maxilar, aumentando, assim, seu volume para que seja possível colocar um implante dentário na área.

Quando o enxerto ósseo deve ser feito?

Com o passar do tempo e dos anos podem ocorrer perdas de dentes e ossos alveolares, que ocasionam a diminuição da gengiva e uma série de outros fatores e problemas, como, por exemplo, doença periodontal, lesões, traumas e dificuldade na mastigação. Portanto, esse procedimento de enxerto ósseo é indicado quando o paciente possui um diagnóstico de perda óssea.

O procedimento de enxerto ósseo

É realizada uma cirurgia para colocar o enxerto ósseo, assim, a área danificada é preenchida. O material utilizado para a realização deste procedimento pode ser retirado do próprio paciente, que tem maior facilidade na hora da regeneração, pode ser retirado também de animais, ou até mesmo de matéria vítreos sintéticos.

Quais os tipos de enxerto ósseo?

Osso autógeno (autólogo): osso que tem como origem o osso do próprio paciente, ou seja, ele será retirado de outras partes do organismo denominadas como áreas doadoras. Essas áreas podem ser tanto na parte interna da boca quanto na parte externa. O que irá definir isso é a quantidade exigida para reposição óssea. Por exemplo, áreas maiores do que quatro dentes perdidos necessitam da doação de partes internas da boca. Geralmente as áreas mais utilizadas são partes da bacia ou da calota craniana.
Osso homógeno (homólogo): esse osso tem como origem o osso de outra pessoa, ou seja, esse osso é de um doador não vivo. Normalmente bancos de ossos são credenciados junto à ANVISA e não podem comercializar ou vender órgãos no Brasil. Mas em 2006 foi aprovada pelo Ministério da Saúde a utilização do Banco de Tecidos para o cirurgião-dentista.
Osso heterógeno (heterólogo): o osso heterógeno tem como origem o osso de um doador de outra espécie (não humano), é comum que seja de origem bovina.

Cuidados para a realização do procedimento de enxerto ósseo

É necessário ter um acompanhamento periódico com o seu dentista e seguir as recomendações indicadas por ele;
O principal cuidado após realizar o enxerto ósseo é para o paciente fumante. O indicado é que pacientes que tenham o hábito de fumar se conscientizem para que o procedimento tenha resultados positivos a curto e longo prazo. Caso o hábito não seja interrompido, o cigarro pode ocasionar problemas tanto antes quanto durante e após o procedimento, alguns deles são: dentes manchados; perda óssea; rejeição de implantes; infecção de enxertos; reposta lente à cicatrização.

Período de cicatrização após a realização do enxerto ósseo

Tanto a cicatrização quanto a regeneração irão variar de paciente para paciente, mas normalmente são necessários cerca de 4 a 6 meses para poder ser avaliado o sucesso do procedimento. Após esse período, é necessário que o paciente retorne ao dentista para o acompanhamento e avaliação clínica para poder ser dada a continuação do tratamento.

Caso o paciente não realize o enxerto ósseo, pode haver complicações?

Sim, caso o paciente procure seu dentista e seja diagnosticado com perda óssea e opte por não realizar o procedimento de enxerto ósseo, isso pode causar problemas funcionais e estéticos, afetando sua saúde e qualidade de vida.